domingo, 23 de novembro de 2014

NOMES, APELIDOS e outras MERDAS











HOJE às 08:30
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Meio milhar de portugueses já mudou de nome este ano

Até setembro deste ano tinham sido decididos 536 processos de alteração de nome, ou apelido, segundo números oficiais disponibilizados à Agência Lusa pelo Instituto dos Registos e Notariado, do Ministério da Justiça.

Os números não diferem muito dos registados em anos anteriores: em 2015 mudaram o nome 661 pessoas, em 2016 foram 881 e em 2017 chegou-se aos 856 casos. A 200 € por mudança... vejam só!
Diário Digital / Lusa

E eu, o Blogger Zecazékarias, que penso disto?
Perante tais indecorosos e pornográficos comportamentos das Quadrilhas que nos AFRONTAM, ROUBAM e ESMAGAM (o corpo e a alma), e cuja multiplicidade, mais que bolas de neve, produz uma selva de venenosos cogumelos que florescem a um ritmo alucinante, melhor remédio não haverá do que mudar de nome. Sim, mas só para os TUGAS HONESTOS que, de tão poucos, depressa se processa o ato. Nem é necessário apelar a cunhas e subornos que visem a antecipação temporal nos Registos Civis... Mudar de nome, de apelido e, porque não, o nome do próprio país? Já que se entra numa de mudanças, é de aproveitar a maré, mudando tudo. 
Vontade de mudar, sempre houve. Já em 1975, um radialista do Rádio Clube Português, de nome Carlos Lacerda, pretendeu mudar de nome. E porquê? É que, à época, um seu homónimo brasileiro, Governador do Estado de Guanabara, era tido como um ultra-fascista e isso não se coadunava com os ideais do nosso locutor. Assim, cambiando a identidade, libertar-se-ia da sombra do sinistro brasileiro, também ele Carlos Lacerda.
Não tardará que, um destes dias, putos ou putas com apelido de Sócrates, Duartes Lima, Morais (de nome), Loureiro (muitos), Portas, Oliveira e Costa, Espírito Santo, Ricciardi, Menezes, Relvas, talvez Coelhos e outros quejandos, sejam vistos nas "bichas", às portas dos Registos Civis, tentando, cada qual, "libertar-se" de um nome que lhes foi imposto, em que, eles e elas, nem sequer tiveram direito a escolha.
Mas se pensam que aquele requerente de 1975 foi o pioneiros desse esquema das mudanças, estão redondamente enganados, porque, há umas largas décadas, contava-me o meu mui sabedor avô António Caria, que, numa remota aldeia do nosso Ribatejo, um fulano, que achava que o conjunto entre o seu nome e apelido, não combinava a contento, isto é, não lhe soava nada bem, com a agravante de andar a ser gozado pelos conterrâneos desde que se lembrava de ser gente, resolveu dirigir-se ao Registo Civil, a fim de que lhe emendassem a anomalia. O resto vão ler aqui, no diálogo que estabeleceu com o chefe da Repartição lá do burgo:
- Ora, então, o que pretende o cavalheiro? 
- É qu´ê tenhe um nome munta esquesite, e queria ver se vocemessei era capaz de o trocari.
- Vamos ver! Como é, então, o seu nome?
-  Ê cá chame-me Zé Merda! 
- Eh, pá! Realmente, o seu nome não abona muito!... E que nome vai o senhor querer adotar?
- O quê quere meme é passari a chamar-me João Merda.
Agora, digo eu: no estado em que tudo isto está a ficar, pouco adianta mudar de nome ou apelido, uma vez que os MERDA vão continuar por muitos e maus anos. E, como se isso não bastasse, ainda subiram a fasquia para o escandaloso emolumento de 250 €uros por cada troquicha. Isso, é que vai ser uma negociata e peras, ah, ah! Quem serão os fieis depositários dessa "massa"? Será que começam já a gastar por conta, ou vão depositá-lo no BPN? Mesmo que nos tentem atirar areia para os olhos, espero que estejamos cá para ver.

terça-feira, 21 de outubro de 2014

Não Matem o Português!

Black silhouette of open book. Vector illustration. Artes e ilustrações vetoriais livres de royalties

Nunca é tarde para enriquecer o Conhecimento. Por isso, por favor, não Matem o Português!


Esta crónica da Ana Garcia Martins, evidencia, não só a ignorância, mas, também, o Desleixo (ou as duas coisas) com que certos (e são muitos) agentes da nossa Praça do Audiovisual nos vêm "metralhar", no dia a dia, dentro das nossas próprias casas. Eles têm muitas responsabilidades para com o Povo, mas não parece. Mas, num país onde o próprio Presidente da República vem dizer disparates diante das câmaras das TVs, como, por exemplo, corrimões; hádes, cidadões, etc., que mais se pode exigir aos seus "súbdítos"?
Crónica de 20.10.14
Na caixa de comentários deste blog, e na internet assim em geral, dou de caras com erros de português que fazem com que me benza 14 vezes e me pergunte o que é que a grande maioria andou a fazer na faculdade. Posto isto, vale muito a pena ficar a conhecer os "15 erros de português que parecem de putos da primária", uma compilação brilhante reunida pelo site Cultura X. Depois disto, ai de quem se atreva a trocar um "à" por um "há". Estou de olho em vocês.

1. Hades
“Hades cá vir bater à porta! Hades, hades”! Não, não hades. Porquê? Porque Hades é um deus da mitologia grega, o deus dos mortos, e nada mais do que isso. A forma correcta desta expressão é ‘hás-de‘, que deriva do verbo haver (como podes verificar nos diapositivos seguintes, este verbo safado é causador de muita confusão desnecessária). A expressão ‘hadem’ também não significa o mesmo quehão-de, e essa nem sequer é um deus grego. É só mesmo uma palavra inventada e feia.

2. Trás/Traz
A cada dia que passa, lá vemos um pontapé nestas duas palavras que nada têm que ver uma com a outra. Façam lá o favor de aprender: ‘trás’ é o contrário de ‘frente’ e ‘traz’ é uma conjugação do verbotrazer, na 3ª pessoa do singular. Não podem confundir, porque estão tão relacionadas uma com a outra como a Manuela Moura Guedes está relacionada com o avião desaparecido da Malaysia Airlines. “Traz-os-Montes”? Não! Ninguém traz os montes! “Ele trás o carro” também não está minimamente correcto.
3. Morto, morrido, matado
Apesar de aparecer muito frequentemente na internet e até na televisão (é triste, mas é verdade), a expressão “depois de ter morto a mulher” está completamente errada! Morto é a condição de não estar vivo, simplesmente. Ponto final, não há outro uso para esta palavra. O que se deve dizer é “depois de ter matado a mulher”, que, apesar de ser feio e de até soar ligeiramente mal, está mais do que correcto! Portanto parem de dizer “ter morto”. Quem está morto é o Português, por causa deste tipo de coisa. O mesmo se aplica a outros verbos, como, por exemplo “ter limpo”/”ter limpado”.
4. Crer/querer
Nós cremos que não fazem por mal, mas queremos fazer o reparo na mesma. Há por aí muita gente que, infeliz e injustificadamente, não sabe a diferença entre os verbos querer e crer. Pois o Cultura X está cá para explicar: crer é o mesmo que acreditar, e não é, de todo, sinónimo de querer. Ok? Como sabes, dizer “eu creio” não é a mesma coisa que dizer “eu quero”. “Ó mãe, eu hoje creio comer hambúrguer” não faz sentido, pois não? Então não confundas estes dois verbos, para o bem de todos nós.
5. Mais bem, mais bom
E esta? Ui, menino! É certo que, em algumas situações, “mais bem” ou “mais bom” devem ser substituídos por “melhor”. NO ENTANTO, isto nem sempre acontece! Dizer coisas como “isto está melhor escrito” é tão errado como piratear e publicar fotos privadas das celebridades. A expressão correcta é – e sempre será – “isto está mais bem escrito”! Pode ser?
6. Hífenes
Todos os dias passamos pelo Facebook e vemos um monte de palavras nas quais tu colocas-te um hífen onde não o havia. Já agora, não reparaste em nenhum erro na frase anterior? Então foste mesmo tu, seu/sua delinquente!
Por favor, não confundam ‘passas-te’ com ‘passaste’, ‘colocas-te’ com ‘colocaste’ e muito menos ‘passamos’ com ‘passa-mos’.
‘Colocaste’ está no Pretérito Perfeito e o equivalente na 1° pessoa é ‘coloquei”. ‘Colocas-te’ está no Presente do Indicativo e o equivalente na 1° pessoa será ‘coloco-me’. Já de ‘passamos’ para ‘passa-mos’, altera-se o modo, o tempo, e até a pessoa!
Este é o erro mais comum na net, o mais absurdo, o mais horrível, e o que mais vontade dá de pontapear o ecrã do computador.
Tirar hífenes de onde deviam estar, fazendo o processo oposto, é um atentado igualmente grande.
7. Há / à / á

Não  aqui nada que enganar (ou, pelo menos, não era suposto haver). O primeiro é uma conjugação do verbo haver, o segundo é uma contracção e o terceiro é estúpido.
Quando dizemos “Já vi esse filme há uma semana”, estamos a dizer que já passou uma semana desde que vimos o filme, utilizando o verbo haver para o efeito. Dizer “à uma semana” é ridículo, pois o à é simplesmente uma contracção da preposição a com o artigo definido/pronome demonstrativo femininoa, e usa-se apenas em frases como “amanhã vou à praia”. A terceira opção, o á, é apenas estupidez, porque nem sequer existe como palavra, isolado.
Entendido? “Não vou há praia à uma semana” está, portanto, completamente errado.

8. Ç

Por vezes, vemos pessoas a escrever frases inspiradoras no Facebook, ou mesmo a partilhar imagens com frases que já têm centenas de partilhas, e aparece, lá no meio, uma “palavra” bela: “Voçê”. É um dos grandes problemas dos jovens, apesar de todos terem sido ensinados em condições no primeiro ou segundo ano de escolaridade.
A regra é a seguinte: um C lê-se sempre como um Q, excepto quando se encontra antes de um e ou de um i, casos em que se lê como “ss”. Ou seja, sempre que vem antes de um ou de um i, nunca leva cedilha! NUNCA. Portanto, chega de “voçês”, chega de “apareçe” e de coisas semelhantes.

9. Assério
Algumas pessoas decidiram pegar na expressão “a sério” e fundir as duas palavras, formando a magnífica palavra “assério”, ou mesmo, em casos mais extremos, “acério”, ou “asério”, que nem sequer se lê da mesma maneira (estamos a contar o tempo até começarem a escrever “açério”). Aparece várias vezes nas redes sociais e não fazemos ideia de onde foram desencantar isto. Fomos verificar e, no teclado do computador, a letra S nem sequer está próxima da barra de espaços, pelo que não pode ser um erro de tipografia. Por favor parem com isso. De cada vez que o fazem, morre um panda na China. Assério!

10. Concerteza
Mais duas palavras unidas, mais um pobre panda morto. Pouco há para dizer também acerca desta palavra, mas com certeza que está errada. A expressão correcta é como acabámos de a escrever, com duas palavras separadas, pelo que “concerteza” é apenas obra do demónio.

11. Já mais
Só para que não digamos que só andam aí a fundir palavras à toa, o pessoal presenteia-nos com esta relíquia, que é precisamente o oposto. Decidiram, então, pegar na palavra ‘jamais’ e separá-la em duas, que por acaso existem mas não cabem onde as tentam meter. Ouçam: quando querem dizer que nunca, nunca irão fazer determinada coisa, escrevam “jamais”, tudo junto. “Já mais” só pode ser utilizado em frases como “já mais tarde, fui ler o Cultura X”, ou algo do género.

12. Vez/vês
A confusão entre estas duas palavras também é ligeiramente carcinogénica. “Também vez a Guerra dos Tronos?” e “Só vi uma vês” são duas frases que, portanto, não têm jeito absolutamente nenhum. ‘Vês’ é uma conjugação do verbo ver e ‘vez’ é o singular de ‘vezes’. Não são a mesma coisa, nem de longe nem de perto.

13. Não tem nada haver
O verbo haver é, como já vimos, causa de muita confusão na cabeça de quem não é muito bom nesta coisa da escrita. “Não tens nada haver com isso!”, dizem eles, mas nós temos que intervir, para impedir um severo apocalipse linguístico. Gente, a expressão escreve-se “não tens nada a ver com isso”, caso queiram usar essa forma, que, apesar de ser um galicismo, está correcta. Ainda assim, será melhor dizer “Não tens nada que ver com isso”! E sim, nós, enquanto cidadãos preocupados com a saúde de quem lê aquilo que escrevem, temos muito “haver” com isso.

14. Poder/puder
Aparentemente, existe por aí uma enorme dificuldade em entender a diferença entre estas duas palavras mas o Cultura X, como vosso amigo que é, vai explicar: puder lê-se “pudér” e poder lê-se “podêr”. Isto, sozinho, já deve ser suficientemente explicativo mas, como mais vale prevenir do que remediar, explicamos ainda mais: deve-se usar o ‘puder’ apenas em frases como “se eu puder ir”, sendo ‘poder’ a palavra adequada em todas as outras situações, incluindo “não devo poder ir”.

15. Vírgulas
Não, desta vez a palavra não está mal escrita. Queremos só dar um pequeno reparo nas vírgulas horrivelmente colocadas. Nunca, nunca, “já mais” se separa o sujeito do predicado de uma frase com uma vírgula (ex.: a minha mãe, foi ao supermercado) e também não se colocam os atributos das palavras entre vírgulas (ex.: a sua, belíssima, mulher). Pode ser?

Agora resta-nos esperar que isto resulte! Façamos com que acabe o terror do português que parece um dialecto da Papua Nova Guiné. Contamos com a tua ajuda para mostrar isto à nossa gente!

quarta-feira, 6 de agosto de 2014

QUANDO REZAR PODE SER POUCO



"REZEM, almas cristãs!" (pediu o Papa Francisco)

O pior é que, enquanto uns vão rezando com a finalidade de se fazerem ouvir, os outros fazem-se ouvir pelos atentados terroristas, pelo metralhar das armas e, assim, massacre após massacre, vão tomando conta do Mundo. 
Eu - que até cheguei a ser um pacifista - escrevi, em tempos não muito distantes que, se não for através do lema "olho por olho dente por dente", a cavalgada muçulmana só pára no Polo Norte. Infelizmente para os europeus, cristãos ou não, vai ser uma razia. Eles ameaçam e vão cumprindo. Nós europeus, em vez de agirmos e retaliarmos à afronta, como Rottweiler ao assaltante da quinta, portamo-nos com doçura, como os caniches, lambendo-lhes os pés. E não vai tardar muito mais que três ou quatro dezenas de anos, para que o Mapa da Europa (pelo menos) fique tingido de "crescentes vermelhos" pintados pelos servos de Alá. Se os muçulmanos já estâo (fisicamente) a tomar conta da França, dos Países Baixos, do Sul de Itália, Sul de Espanha e de parte da Grã-Bretanha... Já viram quem está à frente do comércio alimentar francês? E dos Museus e outros Monumentos de Paris? Meditem no que vos digo hoje, porque amanhã pode ser tarde demais.
Eu, bloguista Zekarias, nada mais fiz do que analisar e reagir em conformidade com o relato do articulista. Que cada um aja como melhor lhe aprouver.

- Ver artigo da Rário Renascença -

“Rezem por favor”, pediu o Papa Francisco na audiência geral desta quarta-feira, enquanto do Iraque chegam notícias dramáticas de sofrimento das minorias religiosas.

Assinala-se esta quarta-feira uma jornada mundial de oração pela paz e reconciliação no Iraque, de onde continuam a chegar notícias dramáticas de sofrimento e perseguição, em particular de membros de minorias religiosas, como os cristãos e os yezidis, que viviam em cidades e aldeias recentemente ocupadas por terroristas. 

A iniciativa partiu do Patriarca da Igreja Caldeia, a maior confissão cristã do Iraque. O Patriarca Louis Sako pede que todas as pessoas de boa-vontade, sejam cristãos, muçulmanos ou de outra religião, rezem de forma especial pelo seu país e por todos os que sofrem por causa dos avanços dos militantes do autoproclamado Estado Islâmico no Norte do Iraque. 

A jornada de oração está a ser promovida e divulgada pela fundação Ajuda à Igreja que Sofre (AIS), sobretudo online, através das redes sociais e de um site criado especialmente para o efeito

Catarina Martins - não é essa, não - , da AIS em Portugal, explica que a data foi escolhida também por ser o dia da Transfiguração do Senhor: “o Patriarca caldeu de Bagdad, pediu-nos para todos juntos encontrarmos um dia em que toda a Igreja pudesse estar em oração pela Igreja do Iraque, pelos cristãos, pela paz e também pelos muçulmanos, porque o que está a acontecer no Iraque não afecta só a comunidade cristã. É uma oração ecuménica em que todos podem participar e rezar pela paz e pela reconciliação no Iraque”. 

O Patriarca está a organizar também uma oração ecuménica nesse dia, no Iraque, "para que haja de facto oração ao longo de todo o dia por esta intenção da paz e reconciliação no Iraque", refere esta Catarina Martins. 

Esta manhã o Papa Francisco também se associou indirectamente à iniciativa. Sem referir especificamente o caso iraquiano, mas acentuando o afegão, o Santo Padre fez questão de pedir orações pelo Médio Oriente em geral, abrangendo assim Gaza e a Síria também. “Rezemos tanto pela paz no Médio Oriente. Rezem por favor!” 

O berço dos cristãos no Iraque é a planície de Nínive. É precisamente esta região que, ao longo das últimas semanas, tem sido progressivamente ocupada pelos militantes do Estado Islâmico. 

Depois de terem obrigado dezenas de milhares de cristãos a fugir de Mossul, a ocupação de outras vilas e cidades na região levou à fuga de centenas de milhares de pessoas, entre cristãos e membros de outras religiões minoritárias, incluindo yezidis, mandeus e shabaks. 

O Estado Islâmico é uma organização terrorista muçulmana sunita que luta pelo estabelecimento de um califado na região do Iraque e da Síria. Os seus primeiros confrontos com o exército iraquiano levaram à debandada total dos militares regulares e mais recentemente derrotaram também com relativa facilidade os soldados da região autónoma do Curdistão. Os curdos, contudo, dizem que estão a reorganizar-se para contra-atacar os terroristas já nos próximos dias.

domingo, 13 de julho de 2014

POBRES Sandes, RICOS Feirantes

Mas afinal vale a pena comer num festival de verão?


Ver concertos, beber cerveja, tirar umas fotos e pôr a conversa em dia. Mas quando chega a fome... safamo-nos?

Não é preciso ser crítico gastronómico para que choremos quase todas as opções alimentares, ao ritmo de 4 a 5 euritos por petisco. Na quinta-feira, o jornalista atacou uma sandes de carne de porco e saiu-lhe suíno chamuscado e seco, sem ponta de suculência. Porca miséria. Mal refeito da desfeita, vingou-se num kebab que levou mais cenoura ralada do que chicha. Hoje, foi tirar o pulso a uma sande de leitão e além da parca quantidade de carne do bicho, ainda teve de mastigar um pão com consistência de ontem. Que saudades daquela nota de 5.

Depois há as promessas que não se cumprem: uma das casas mais afamadas destas lides festivaleiras exibe num dos seus estabelecimentos uma imagem gigante de uma francesinha. Ah, mas afinal não há (a foto é só para que um tipo sonhe em apanhar um Intercidades para o Porto, certo?). Só há o que está na lista improvisada, escrita a esferográfica: hamburguer, cachorro, kebab (já perceberam que aquilo não é um kebab de verdade?), pão com chouriço (pão, pão, pão, e uma miragem de salpicão). Bem perto, o bolo de chocolate que não experimentámos, mas anuncia-se o melhor (e quem se anuncia o melhor normalmente não é o melhor); e as empadas, os queijos, o presunto. Quase tudo de 5 euros para cima, apesar de demorarem 20 segundos na boca.

Entristecidos e esfomeados, fugimos do leitão em bolo do caco (hã?) e sonhamos com as opções mais variadas (e nem sempre a bater nos 5 euros) de outro festival, patrocinado pela mesma marca, 300 quilómetros a norte (o repórter aprova o lanche misto, os rissóis, as empadas, a sandes de pernil com queijo da serra). E, caramba, estamos em julho, porque não assar umas sardinhas? Algés é quase Lisboa.

Ler mais: http://blitz.sapo.pt/mas-afinal-vale-a-pena-comer-num-festival-de-verao=f92912#ixzz37LBHmkL6. Luís Guerra


Junk food

-Imagens visionárias-


FESTIVAIS e PROMOÇÕES
    Nas décadas de 40, 50 e 60, já no Cartaxo era assim.
    Todos sabemos quão provinciano e parolo é considerado (por muitos?) o facto de se levar petiscos caseiros (daqueles que são mesmo feitos em nossas casas) para festas, romarias e afins, mas não deixa de ser verdade, que, ao menos, sabemos o que temos ali para comer, tanto em qualidade como em quantidade. Eu, talvez por força das etiquetas afixadas pelas normas sociais, não costumo viajar de sacola com farnel às costas, mas isso foi coisa de que me arrependi em múltiplas ocasiões. Pelos factos abaixo assinalados e para não ser vítima da famigerada fomanga, penso que, muitas vezes, mais vale correr o risco de passar por provinciano, munido de umas sandoscas caseiras, saciando a gula e poupando umas coroas, do que armar ao fino e descambar numa barretada de todo o tamanho, pagando bem para comer mal. É o que me tem acontecido. E, prafraseando os XUTOS, "não sou o único".
    O modelo vigente, adotado pelos feirantes e áreas de serviço das A.E., não é coisa moderna, pois que, em tempos remotos, umas décadas atrás, nos bailes da Sociedade Filármónica, em Vale da Pinta-Cartaxo, havia o (mau) hábito de se fabricar sandes de chouriço sem o dito. E o pior é que nós tínhamos que pagar uma sandes de chouriço, para comer um simples paposseco, mesmo muito seco, lambuzado de colorau picante, que era para "puxar para a pinga".
    Tudo isto, evidentemente, sem falar nos outros festivais: os de marisco e de outras gastronomias de promoção regional, como eles dizem. Ora um festival daqueles deveria contemplar a promoção do produto e, para isso, além do esmero com que os pratos deveriam ser feitos, também os preços do menu seriam para promover o evento, e não o comerciante à categoria de novo-rico. Mas a falta de higiene, barafunda e trafulhice são tão evidentes, que nem disfarçado se safa. Mas "eles", os promotores, safam-se e bem! No Cartaxo, por exemplo, faziam-se festivais de vinho nas adegas particulares, porque, deste modo, o produto alcançava uma rendibilidade muito superior àquela que obteriam negociando com a Adega Cooperativa.  Ora, sabendo-se que o vinho saído do tonel do pequeno vinicultor era de grau algo elevado, havia que cozinhar ali, ao vivo, de modo presencial, uns petiscos de modo a fazer peito e garantir amparo ao cliente. Havia uma grande disputa entre adegas. O pessoal elaborava um ranking, que passava de boca em boca, distinguindo a qualidade de cada uma delas.
    Certa vez, fui convidado pelo Edmundo Duque para um prova de tinto numa adega, que ficava ali para os lados do Regatinho. Não aceitei à primeira, mas concordei à segunda. O Duque, tentando arrastar-me para a beberrice, argumentou que a mulher do dono fazia uns petiscos, como chouriça assada, febras, moelas e molhinhos... Dizia-me que era de se lhe tirar o chapéu, e, em termos de higiene, parece que era exemplar. A mulher até cozinhava ali à vista de toda a gente... Como sou guloso por molhinhos, anuí. Dizia-me o Duque, que tudo lá era muito bom e que até a senhora cozinhava ali à vista de todos.
    Eu, fui arrastado, mas fui. Encostei-me a um improvisado balcão, pedi uma dose e fiquei por ali, a ver o desenrolar das tarefas. Afinal, a senhora, que era a dona, apenas tinha como função fazer as contas e receber a massa, mas não metia as mãos na massa. Uma outra, mais mal arranjadita, que seria a copeira, é que amassava e engendrava os petiscos. Esta, desembaraçada q. b., não tinha mãos a medir, mas o seu braço media-o ela com insistência. Dava para ver, pelo manobrar do garfão, que ela seria destra, e como tinha o braço esquerdo livre era esse que utilizava, qual corrediça, ao correr da manga, com sofreguidão, na tarefa de assoar as ventas. Tanto sebo tinha nas mangas como nos oleosos cabelos. Com a guedelha ali ao léu, sem um lenço, uma touca ou um pano... 
    Mudei de ideias e anulei o pedido dos molhinhos, de que tanto gostava. Optei pelos enchidos, porque nesses, acabados de sair do lume, não meteu ela as manápulas.
    Volvidas foram algumas décadas, sempre que me desloco ao Cartaxo faço questão de trazer molhinhos para o Porto - coisa que por cá não sabem fazer -  mas, sempre os como, vem-me à lembrança a cena do correr da manga, como se fosse um o arco de um violino. 

-ZÉKARIAS44-

sexta-feira, 2 de maio de 2014

PRAXES, PRAXETAS ou PRAXENETAS?

Além das controversas e famigeradas PRAXES, pelo que, hoje, vi, também há as PRAXETAS e PRAXENETAS.
É verdade. Imaginem só o que constatei, ali ao vivo, no meu habitual footing matinal, no Parque da Cidade do Porto. Antes porém, para quem não conhece, poderei desvendar alguns dos atributos desta maravilha da Natureza. 
A área tem uma flora bastante variada: desde os aromáticos eucaliptos, pinheiros e densos arbustros de alecrim, ao extenso bosque formado por choupos, acácias, freixos, castanheiros e plátanos, tudo nos preenche a vista, a alma, e muito contribui para melhorar a nossa capacidade de respiração, salvo quando a onda de pólenes apoquenta as vias respiratórias de um qualquer alérgico. Também tem três grandes lagos artificiais, onde "navega" a "patarada", e tem, como limite, a poente, o mar. Também se conta com o Pavilhão da Água, o tal que esteve na Expo'98. Para as vertentes de desporto, conta com 2 campos de relva sintética, um de relva natural e, ainda, quatro mesas de "ping-pong" e um campo de voleibol de praia. Possui duas esplanadas, onde se pode merendar, ou, apenas, tomar o cafezito, arruamentos vários e vias de circulação para ciclistas.Tudo muito bem enquadrado, como se adivinha. Ao lado do Parque, a norte, existe o Queimódromo, onde se realiza a Queima das Fitas e, no ano transato, foi assassinado um estudante durante um assalto ao cofre da Comissão.
 Para completar o sistema, foi o Parque dotado de um conjunto de balneários e de mais três de W.C., tudo isto separado fisicamente, em zonas distintas. E foi, precisamente, perto - por aí a uns dez metros - de uma destas unidades, no bloco destinado às Senhoras, que vi e escutei algo, que não deu para formar um fiel juizo do que realmente aconteceu. Mas que deu para intrigar, lá isso deu. Atendendo ao que por aí se tem lido, visto e ouvido acerca de certos rituais das praxes académicas, julgava eu, até hoje de manhã, que nada mais havia que me causasse espanto ou estupefação, mas, afinal, houve.
Pela estranheza das falas e movimentação dos atores, dava para perceber que, mais uma vez, se tratava de uma praxe. Uma praxe estúpida, sem nexo, como, julgo, serão todas as praxes, sendo que umas o serão mais que outras. Ao longo destes anos, nestes meus périplos pelo Parque da Cidade, já tenho observado muitas praxes, mas, desta vez, a coisa pareceu-me tão, mas tão estúpida, que, assim, à primeira, me recuso a encarar a cena como se de uma praxe se tratasse.
À porta do W.C. feminino estava um jovem estudante, já "graduado", envergando o seu traje académico, munido de um bloco A5 e de esferográfica em riste. As raparigas faziam fila cá fora, cada qual à espera da sua vez. O ritmo era lento, porque só quando uma caloira saía do W.C. é que entrava a seguinte. Mais parecia aquelas filas que se formavam à porta do Cinema Piolho, nas sessões contínuas. Até aqui, embora curioso, eu não estava incrédulo. Porém, agora, atentem nas cenas seguintes. 
Dizia o fardado para a moçoila que acabava de saír da sanita:
          - Ehhh! Volta para trás e repete, porque eu não ouvi nada! 
Ao que ela respondeu:
          - Mas eu já fiz! Agora, já não tenho vontade.
Disse o "iluminado":
          - Ficas aí do lado esquerdo, à beira dessas duas, de quem, também, não ouvi nada.
Depois, entrou uma outra que, esta sim, passados uns três minutos, tinha dado qualquer sinal ao idiota de que estaria "viva", já que, pela reação daquele, o eco, o som, o ribombar, o tilintar, o jorro, o pingo-pingo, ou fosse lá o que fosse, estava dentro das normas: era, por isso, aceitável. Esta moça, como se compreende, foi juntar-se a umas outras que, pelos vistos, com ou sem distinção, também elas tinham passado naquela estranha e sinistra prova.
Dei comigo a pensar: 
         - O que seria que cada uma das caloiras tinha que fazer para que o "ouvinte" aprovasse, ou não, o seu desempenho? Teria que defecar e, ao fazê-lo, expelir alguma "bojarda" rabo fora? Ou teria que urinar, de bica aberta, para que o jato ou pingos fossem audíveis? E se, porventura, o fulano da capa e batina fosse meio surdo ou, então, não tivesse tirado a cera dos ouvidos nos últimos quinze dias? De quem era a falha?
Bom. Eu, só não intervim porque a minha companheira estava por perto. É que ela reprova esse ato de eu me imiscuir em causas de terceiros. Na verdade eu não tinha nada a ver com aquela depravada praxe, mas gostava de ter acabado com ela.
Andam os pais a criar filhos/as para isto? Não só por estas caloiras, mas, sobretudo, pelo depravado e néscio rapazola, que pretedia testar a sua capacidade auditiva através dos sons emanados dos atos provenientes das necessidades fisiológicas das meninas.
Que grande pobreza vai na mona desta gente mentecapta desprovida de massa cinzenta.
Será que melhores dias virão? Duvido.