Agora, com esta nova lei do Código de Estrada, que
vai sair em novembro, é que o Governo vai acabar com o défice das contas
públicas e demais calotes aos
credores internacionais. Além disso, também os ROUBOS que têm sido praticados pelo executivo, mormente nos vencimentos
e nas pensões, deixarão de ter razão de existir. Estou convicto de que todo o tecido escolar e hospitalar irão beneficiar, em larga escala, daquela
medida, sendo que, no que concerne ao despedimento de docentes e enfermeiros ou
as remessas de jovens “encaixotados” para os lotes da emigração, deixam de
fazer qualquer sentido, porque o dinheiro vai abundar. E, ou me engano muito, ou até vai haver margem para
alimentar mais umas GOLPADAS do tipo
do BPN, da sua prima SLN, e demais falcatruas operadas pelas
manigâncias dos grandes cérebros da alta finança e dos políticos, seus
compadres. Pois é, meus caros concidadãos: a nova lei, que já está na forja, e
vai conceder muito mais direitos e, espero eu que, muito menos deveres aos
ciclistas, quando for homologada e publicada no D.R., trará, por força da dinâmica agora implantada no terreno (de
asfalto ou paralelepípedo), uma tal torrente de verbas provenientes das coimas aplicadas, que, dir-se-á, vamos
entrar, de novo, na época das VACAS
GORDAS. Ainda que na expetativa, há, até, quem já esteja a esfregar as mãos
de contente.
Já li, de modo superficial, algo sobre esse projeto
de lei, que está em fase embrionária, mas que irá sair não tarda muito.
É claro, que é bem possível que tudo o que acabo de
escrever não passe de simples especulação. Se, no futuro, os dados do problema forem
alterados, o mais provável é termos um cenário muito diferente do que agora
alvitro. Contudo, desde que li algo sobre a citada lei, tenho observado com
mais atenção os comportamentos dos ciclistas em estrada, na cidade e em tudo o que a envolve, e o que tenho visto
não abona muito a favor destes. Desde grupos de três, quatro ou mais fulanos a
circular, estrada fora ou também no interior da cidade, paralelos entre si; ao jeito
de circular fora de mão, mesmo em vias separadas, como é o caso da Via de
Circunvalação, no Porto; o andar de bicicleta pelos passeios, fazendo SS em
volta dos peões; o atravessar passadeiras, montados nas biklas, com ou sem semáforos, pelo meio dos peões; deitar
o olho e passar ou arrancar, ainda com o sinal vermelho, etc., é um autêntico
pandemónio. É frequente, até, ver ciclistas a circular à noite, dentro ou fora
da cidade, sem quaisquer sinais luminosos na bikla. Pensarão muitos destes incumpridores que, com a nova lei,
estão mais salvaguardados dos acidentes, sem que, no entanto, tenham feito nada
para que, da sua parte, os comportamentos sejam substancialmente alterados?
Isto para melhor, já se vê.
Portanto, uma coisa é certa: ou se faz uma campanha séria, através dos órgãos informativos, no sentido de esclarecer e responsabilizar todos, os que, diariamente ou não, sejam utentes da via pública, ou temos uma
emenda pior do que o soneto do outro. Se assim não for, os cofres dos COMILÕES e seus quejandos vão mesmo
encher-se de muitos MILHÕES de €, ao
mesmo tempo, que hospitais e cemitérios vão ficar atafulhados de gente: uns
vivos, outros nem tanto.
Esclareço,
porém, que tanto utilizo as vias de circulação na situação de
automobilista, como na de ciclista; também o faço como peão, e espero bem não ter que
contribuir para o BOLO dos MILHÕES do Executivo ou, ainda menos, para os dois
outros sinistros destinos alternativos.
a)
José
Caria Luís