domingo, 8 de setembro de 2013

À atenção dos CICLISTAS (eu incluído)

- De Bikla - SEM LEI, NEM ROCK -
Agora, com esta nova lei do Código de Estrada, que vai sair em novembro, é que o Governo vai acabar com o défice das contas públicas e demais calotes aos credores internacionais. Além disso, também os ROUBOS que têm sido praticados pelo executivo, mormente nos vencimentos e nas pensões, deixarão de ter razão de existir. Estou convicto de que todo o tecido escolar e hospitalar irão beneficiar, em larga escala, daquela medida, sendo que, no que concerne ao despedimento de docentes e enfermeiros ou as remessas de jovens “encaixotados” para os lotes da emigração, deixam de fazer qualquer sentido, porque o dinheiro vai abundar. E, ou me engano muito, ou até vai haver margem para alimentar mais umas GOLPADAS do tipo do BPN, da sua prima SLN, e demais falcatruas operadas pelas manigâncias dos grandes cérebros da alta finança e dos políticos, seus compadres. Pois é, meus caros concidadãos: a nova lei, que já está na forja, e vai conceder muito mais direitos e, espero eu que, muito menos deveres aos ciclistas, quando for homologada e publicada no D.R., trará, por força da dinâmica agora implantada no terreno (de asfalto ou paralelepípedo), uma tal torrente de verbas provenientes das coimas aplicadas, que, dir-se-á, vamos entrar, de novo, na época das VACAS GORDAS. Ainda que na expetativa, há, até, quem já esteja a esfregar as mãos de contente.
Já li, de modo superficial, algo sobre esse projeto de lei, que está em fase embrionária, mas que irá sair não tarda muito.
É claro, que é bem possível que tudo o que acabo de escrever não passe de simples especulação. Se, no futuro, os dados do problema forem alterados, o mais provável é termos um cenário muito diferente do que agora alvitro. Contudo, desde que li algo sobre a citada lei, tenho observado com mais atenção os comportamentos dos ciclistas em estrada, na cidade e em tudo o que a envolve, e o que tenho visto não abona muito a favor destes. Desde grupos de três, quatro ou mais fulanos a circular, estrada fora ou também no interior da cidade, paralelos entre si; ao jeito de circular fora de mão, mesmo em vias separadas, como é o caso da Via de Circunvalação, no Porto; o andar de bicicleta pelos passeios, fazendo SS em volta dos peões; o atravessar passadeiras, montados nas biklas, com ou sem semáforos, pelo meio dos peões; deitar o olho e passar ou arrancar, ainda com o sinal vermelho, etc., é um autêntico pandemónio. É frequente, até, ver ciclistas a circular à noite, dentro ou fora da cidade, sem quaisquer sinais luminosos na bikla. Pensarão muitos destes incumpridores que, com a nova lei, estão mais salvaguardados dos acidentes, sem que, no entanto, tenham feito nada para que, da sua parte, os comportamentos sejam substancialmente alterados? Isto para melhor, já se vê.
Portanto, uma coisa é certa: ou se faz uma campanha séria, através dos órgãos informativos, no sentido de esclarecer e responsabilizar todos, os que, diariamente ou não, sejam utentes da via pública, ou temos uma emenda pior do que o soneto do outro. Se assim não for, os cofres dos COMILÕES e seus quejandos vão mesmo encher-se de muitos MILHÕES de €, ao mesmo tempo, que hospitais e cemitérios vão ficar atafulhados de gente: uns vivos, outros nem tanto.
 
Esclareço, porém, que tanto utilizo as vias de circulação na situação de automobilista, como na de ciclista; também o faço como peão, e espero bem não ter que contribuir para o BOLO dos MILHÕES do Executivo ou, ainda menos, para os dois outros sinistros destinos alternativos.
 
a)      José Caria Luís